Intermediação e os “intermediários”, onde a ética é fundamental

Trabalhar intermediando negócios exige uma postura ética, pois lidamos com a expectativa de pessoas e empresas que nos contratam porque acreditam no nosso potencial.

Nos dias atuais trabalhar com colaboração nos ajuda a encontrar o que procuramos, mas acho que alguns “intermediários” ainda não entenderam a importância da ética.

A intermediação de negócios é um modelo de operação comercial onde as empresas interessadas em vender ou comprar algum tipo de serviço ou bem, contratam um profissional que tenha bons contatos nos potenciais clientes ou fornecedores.

O principal papel da intermediação é abrir portas através de seu relacionamento, sendo um aliado poderoso da área comercial, permitindo que esta possa focar no aspecto técnico e na negociação. Esse modelo se mostra bastante interessante tanto para profissionais quanto para empresas.

Quando buscamos atender a desejos e necessidades de pessoas ou empresas, nem sempre temos o contato necessário, é nessa hora que a rede de colaboração é acionada, são os “finders”, é aí que começa o desafio de separar “os homens dos meninos”.

Nós nunca iniciamos um trabalho sem ter uma autorização de quem nos procurou e está vendendo, comprando ou com alguma necessidade que possamos ajudar.

Pessoalmente não gostamos quando chamam a autorização de “mandato”, que na verdade é juridicamente o certo, palavra desgastada exatamente pela pouca ética de quem usa.

Muitos “intermediários”, ou como um amigo qualifica “atravessador”, não éticos, costumam iniciar um trabalho dizendo que tem o que procuramos em busca de qualquer documento para depois correr atrás do fornecedor ou comprador.

É bom lembrar que o sucesso de qualquer negociação se dará quando as partes finais se conhecerem é quando efetivamente a confiança estará estabelecida, portanto esconder quem nos contrata é o primeiro passo para o insucesso.

Infelizmente, nem sempre podemos ser exigentes com quem somos apresentados como “intermediários”, na verdade são “finders”, isso até por culpa de quem os “contrata”, afinal, muitos não são profissionais, apenas oportunistas e entre eles tem gente boa que merece uma chance.

Fazer intermediação também exige saber entender com quem estamos lidando e avaliar, pois pode ser a diferença entre fechar um bom acordo ou “queimar a nossa imagem”.

É importante definir o que se é dentro do contexto, um finder, um atravessador ou intermediador, pois um finder tem contatos e apresenta as partes parando por aí, um intermediador trabalha durante o processo, já o atravessador, em geral estraga as negociações que poderiam até ter sucesso.

Portanto, se você realmente quer “intermediar” negociações por oportunidade ou como profissão, sempre tenha em mente de estar autorizado formalmente para isso e comprove quando iniciar um trabalho, pois isso irá demonstrar sua seriedade e comprometimento entre você e quem te contratou.