Essa é a função de um gestor, tirar o máximo dos seus colaboradores, extrair deles o que eles têm de melhor, e o melhor, fazer com que eles se sintam felizes sendo “usados” e isso só é possível com o uso correto das ferramentas de “controle” e uma dedicação pessoal para “tirar proveito”.
Você sabe a diferença entre “controlar” ou “tirar proveito”?
É a diferença entre a mesmice e o sucesso.
Esse resumo, em três palavras, veio de um filme que assistia, onde havia uma pessoa muito importante para o sucesso de um projeto, mas ele era incontrolável. Apesar de acreditar nisso eu nunca tinha visto um resumo tão bom do que eu pensava, ou seja "tirar proveito".
Primeiro vamos dar limites, incontrolável não significa alguém fora de padrões normais de convivência ou ética, é simplesmente alguém que não se enquadra diretamente dentro dos padrões pré-estabelecidos, mas que também não prejudica, muito pelo contrário, tem virtudes que devem ser "aproveitadas".
Para ser sarcástico com os níveis “insuportáveis” de controles que estão sendo implantados nas empresas escrevi um artigo “Lembra do filme “TEMPOS MODERNOS” de Charlie Chaplin? Bom, qual é a relação com ser vendedor nos dias de hoje? ”.
Voltando ao tema, ao fazer a gestão de uma equipe, seja ela qual for, estaremos lidando com pessoas, “enquadrar” essas pessoas a padrões poderá limitar o seu desempenho, cabe ao bom gestor saber lidar com as variáveis e “tirar” proveito.
A primeira vez que convivi com isso foi como um profissional de TI, no grupo Bung Born, lá havia um gerente, um grande amigo até hoje, que sabia como poucos “tirar proveito”, eu era muito jovem e adorava o que fazia, não tinha hora, dia ou situação que me tirasse do foco e dos objetivos traçados, mas também era muito ativo, portanto “incontrolável”. Hoje, relembro que essa pessoa me “usava” de forma positiva, trabalhava minhas necessidades e o meu potencial dentro dos objetivos “dele”, resultado foi o sucesso dos dois e do projeto que estávamos envolvidos.
A segunda vez que me ative a esse assunto foi lendo um livro do Isack Adizes “Gerenciando Crise de Anti-gerência”, tinha a minha empresa (PVM) e estudava o que podia fazer melhor, o tema era a personalidade de cada profissional e o seu potencial, o foco era demonstrar que não somos bons em tudo, portanto eu como gestor me vi na obrigação de entender isso e “tirar proveito”.
A terceira, essa foi na prática em vendas, foi quando estava na Compuware. A empresa tinha uma equipe muito heterogênea, ótimos profissionais e outros nem tanto, mas tinha um gestor que sabia lidar com isso e “tirar proveito”. Dentro do seu estilo, às vezes questionável, ele sabia compensar os resultados ruins de uns, pelo desempenho dos melhores, resultado, sucesso
Nos últimos tempos o que tenho visto é exatamente o contrário, existe apenas o "controle", e ai perde-se a oportunidade de extrair das pessoas o que elas têm de melhor.
Eu confesso que nunca trabalhei com um ótimo vendedor que fosse “controlável”, que bastasse apenas pegar o CRM e gerenciá-lo por lá, ou fazer reuniões de vendas sem sentido só para cobrar resultados, mas todos tinham uma virtude, eram comprometidos, mas com os resultados “pessoais”, é ai que se "tira proveito".
Hoje, vejo excelentes equipes, profissionais com alto potencial, mas o resultado não vem e quando vem é sofrido, isso porque não se respeita o potencial individual e não se “tira proveito” das virtudes.
Essa é a função de um gestor, tirar o máximo dos seus colaboradores, extrair deles o que eles tem de melhor, e o melhor, fazer com que eles se sintam felizes sendo “usados” e isso só é possível com o uso correto das ferramentas de “controle” e uma dedicação pessoal para “tirar proveito”.
Pense nisso, você “controla” ou “tira proveito”?